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03/10/2011

Rock in Rio. Ministério da Saúde adverte. Se você sofre de dor de cotovelo, não leia!



Eu não ia ao Rock in Rio. Depois de assistir alguns shows pela TV, resolvi ir e conferir  tudo ao vivo.
Li tantas mensagens de tantos amigos do ramo musical despeitados, sem ao menos conferir o evento ao vivo. Como você pode falar mal de algo sem conferir de perto?
É claro que, com a quantidade de patrocinadores, parceiros, apoiadores a coisa tinha que  ser grandiosa, mas em se tratando de Brasil, a gente pode esperar qualquer coisa.
Claro, que a Roberta Medina tinha também uma pressão absurda. Por ser mulher, filha de quem é e ter a responsabilidade de fazer o melhor evento musical da América Latina e quiçá do mundo.
Sei que quem foi na primeira semana, sofreu muito com diversos problemas, mas eu só posso falar daquilo que vi, vivi e participei. Portanto, já inicio meu post dizendo: meu nível de perrengue na cidade do rock foi 0. Isso mesmo ZERO!
Já para chegar e sair do Rio de Janeiro, é outra história. E ai fica uma pergunta: Não existe uma  lei para regulamentar voos? As Cias. preferem viajar vazias do que fazer um valor decente?  Como pode, uma passagem que hoje custa 90,00 custar 1.300,00 em dias de evento? Precisa ter uma coêrencia nisso.
Vamos lá:
- Compraram pra mim o RioCard e pasmem: eu embarquei dentro do horário previsto e os ônibus iam chegando um atrás do outro.
- Chegamos na Cidade do Rock e conseguimos ir ao banheiro sem o menor problema. Claro, que sempre estava cheio (afinal, banheiro feminino), mas eram muitas cabines e isso agilizava muito o processo.
- Os banheiros NÃO eram químicos. Foram construídas diversas áreas sanitárias. E nas 4 ou 5 vezes que fui ao bainheiro encontrei os banheiros abastecidos com papel higiênico.
- Os banheiros TINHAM pia para lavar a mão. So amazing!
- Na volta, saímos apenas uma música antes do show acabar e em 15 minutos já estávamos nas áreas dos ônibus e + 5 minutos já estávamos devidamente sentadas confortavelmente. (Obrigada pelo casal mala que ficou a viagem inteira conversando... a moça reclamava que não tinha espaço para sentar, porque o mocinho do banco era muito gordinho. LOL)
Comida:
- As filas do caixa eram grandes, mas nada desesperador, levando em conta um evento de 100 mil pessoas.
- As filas para pegar a comida eram menores, e enquanto os shows principais rolavam, às vezes nem tinha fila.
- Comi pizza na Domino's Pizza que saiu na hora e quente
- Comi x-burguer do bobs por duas vezes e em todas as vezes o lanche veio quente e fresquinho.
Público:
- Fiquei pasma com o comportamento do público. Todo mundo comportando. Entre um show e outro, a galera sentava em grupos e aguardava tranquilamente o próximo show.
Acho que posso começar a sonhar com o dia que o povo brasileiro vai -finalmente- aprender usar escada rolante e não socar os passageiros na entrada do metrô. (será?)
- Apesar de muito copo e embalagem descartável pelo chão (até porque a quantidade de lixeiras era muito pequena perto do público), não vi coisas grotescas, como restos de comida pelo chão.
A estrutura:
Tudo muito bonito, bem feito.
A Rock Street era um luxo, super gostosa e visualmente muito bem feita.
Tudo ficou muito bem distribuído.
Ponto absurdamente fraco: Não achei nada legal o show do Marcelo D2 começar no palco Mundo, enquanto o Monobloco ainda estava tocando no palco Sunset. Acho que nestes tipos de situação só tem duas alternativas:
- Ou se deixa claro que os palcos terão programações simultâneas durante todo o evento
- Ou, respeita-se a vez de cada um tocar.
- Respeito ao artista é bom e todo mundo gosta, né?


Aos reclamões que ficaram torcendo para que tudo desse errado:
Mas o evento estava lindo e cheio de cuidados.
Errou bastante? SIM, mas alguém já fez evento melhor?
Eu vejo muito show, que não requer nem 5% dessa estrutura e que mesmo assim sai mal feito.
Vejo tanta gente falando mal, pagando de mega profissional, mas então, por que não estava lá?
Vejo tanto gente falando mal de estrutura. Você faz melhor?
O evento tem muito para testar, aprender, corrigir, mas daí, fulaninho que só sabe por pra baixo, pra mim se chama DOR DE COTOVELO e DESPEITO.
Sobre a briga Rock x POP.
Galera, eu sempre fui se sempre serei rock n roll. Agora vamos tirar o cabresto da cara e pensar criticamente, imparcialmente?
ROCK IN RIO É UMA MARCA PATENTEADA. Os Medinas fazem com ela o que eles quiserem. A gente gostando ou não. Se o Mc Donalds quiser vender só lanche vegetariano a partir de amanhã, ele vai fazer. Entende?
Essa discussão de Rock in Rio só deveria ter Rock, não vai levar ninguém a lugar nenhum. 
Então, para o público fica a dica: Não concorda com a proposta dos Medina? ENTÃO NÃO VÁ. NÃO COMPRE INGRESSO.
Para os músicos: NÃO GOSTA DE DIVIDIR PALCO COM ARTISTAS DE OUTROS SEGMENTOS MUSICAIS? SIMPLESMENTE NÃO PARTICIPE! Agora participar do evento e depois falar mal do cast, é demais da conta. Ai gente, grow up!!!!!!!!!!
O casting não mudou, mesmo com tantas reclamações e em 2013 será a mesma coisa. Quer uma dica: GET A LIFE, vá lavar roupa e se preocupar com outras coisas. Daqui a pouco vai ter gente contraído doenças de tanto estresse por conta do rock in rio!
Pior que isso, era ver tanta gente no facebook ou twitter, assistindo todas as transmissões só para ficar cirticando.
Meu pai amado. Se você tem Multishow, é porque tem TV a CABO. Qual o motivo para você não assistir os outros 30/40/50 ou 60 canais que tem na sua TV?
Tem que ser muito rancoroso e desocupado para perder horas do seu tempo só para ficar criticando o evento o tempo todo.
Critica a transmissão
Critica toda e qualquer banda
Critica a produção
Critica o evento num todo
Critica o publico...
Filho, vá fazer caridade, trabalhar no terceiro setor... vá fazer algo para ocupar sua vida.

PERFOMANCE AO VIVO
Sobre os shows. Não consegui assistir todos e agora estou ligada na reprise do Multishow.
Ai sim sou chata. Artista de verdade é aquele que sabe fazer ao vivo, o que faz no cd. 
Se o cara não souber fazer o que ele escolheu como profissão, so sorry, perde meu respeito. 
É como pintar quadro no Photoshop e dizer que é pintor artístico. Não querido, desculpe informar, mas neste caso, você pode ser um designer, não um pintor!
Você pode ter falhas, mas cagar o show inteiro não dá, né? 


Shows que vi pela TV
- Red Hot: banda impecável ao vivo. Voz do Antony, simplesmente ótima!
- Katy Perry: produção incrível. Voz ao vivo muito fraca!
- Claudia Leite: Fake e forçada! So sorry fãs dela, mas não me convence. Quer ser Diva, quer aparecer demais. Não consegui ver nem três músicas.
- Slipknot. Eu não curto o som, mas sem dúvida um dos melhores shows do RiR. Puta energia, puta baterista.
- Metallica. Doida para ver a reprise.
- Guns. Doida para ver a reprise. Vi apenas três músicas, sonolenta e cansada. Não gostei do que ouvi, então, prefiro assistir o conjunto da obra para opinar.
- Marron Five. Os caras deram o sangue deles e levaram o publico na mão. Conseguiram!
- ColdPlay. Nunca fui muito fã da banda, mas percebi que conhecia mais do que pensava. Gostei da perfomance dos caras ao vivo.
- Rihanna. QUEM???? nem o Nuno me convenceu a ver o show.
- Elton John. Doida para ver a reprise.


Shows que vi ao vivo:
- Ivete Sangalo: Não curto axé, não compro cds, mas respeito esta mulher. Dentro da proposta musical dela, é autêntica. Se um dia deixar de fazer musica poderá trabalhar como palestrante de "marketing pessoal". A mulher é FODA, natural e espontânea.
- Shakira. Sou fã da fazer antiga dela. E a mulher como artista é incrivel. Tem alma, faz tudo com muito coração. O show, bem, faltaram musicas bacanas, que ela poderia ter trocado pelas perfomances musicais. A voz ao vivo é maravilhosa, e olha que ela canta, dança e toca!
- Lenny Kravitz. Tecnicamente um show perfeito, mas com um front man frio, com uma platéia morna e um set list nada empolgante.
- Jota Quest. Não vi praticamente nada, mas preciso dizer que cantar o refrão "Homem primata, capitalismo selvagem", num evento para 100 mil pessoas, com o nome de Rock In Rio, é no mínimo engraçado, mas não dizer encoerente. Ok, mas eu entendi a boa intenção dos caras.
- Marcelo D2... preferi assistir ao Monobloco.


Cordialmente,
Faby Cardoso
Jornalista, assessora de imprensa.
Trabalha de 2003 com música.
É produtora executiva e respira música desde que nasceu.

2 comentários:

  1. Amiga, concordo em gênero e grau com tudo o que escreveu. Não posso avaliar como profissional, mas como boa e velha expectadora de shows. Fiquei deslumbrada com a estrutura que encontrei no RIR, tanto dentro da cidade do Rock como nos arredores, no que diz respeito à transporte público e privado.
    O que mais me chamou a atenção foi o comportamento do público. Como fui no dia do Metal, já fui esperando as rodinhas de bate cabeça e o pessoal "menos paciente" (engraçado como rotulamos né?) e o que vi foi completamente diferente: além dos véiacos do rock, vi muita família presente, crianças inclusive..... isso mostra tamanho era a segurança do local.....
    Enfim, também fiquei surpresa com os banheiros "utilizáveis" e limpos...... geralmente eu não bebo nada em show justamente para não precisar usar o banheiro, mas lá os banheiros estavam impécáveis.....
    Só tive problemas com a alimentação, pois no domingo que fui perdi horas e horas na fila do Bob's para receber um lanche meia boca........mas levando em consideração que haviam 100 mil pessoas lá consumindo.........estava no lucro!

    Enfim, meu domingo foi excelente, os shows perfeitos, não tive problemas para chegar nem para voltar, pessoal comportado, patrocinadores distribuindo trocentos brindes!
    Que venha 2013 :)

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